"Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...”
Digamos que eu tenha mais de dois mil e oito motivos para dizer que o ano de 2008 valeu à pena! Digamos que o ano de 2008 veio fechar uma avalanche de coisas boas que tenho conquistado desde meados de 2006. Não que anos anteriores a 2006 tenham sido ruins, pelo contrário, talvez tenha sido entre 2000 e 2006 os melhores anos de minha vida, anos universitários. Mas como eu já dizia, desde meados de 2006 tenho conquistado novos amigos, novos amores, pós-graduação, ascensão profissional, evolução espiritual, enfim, novas poesias... Eu amei mais, chorei mais, errei mais, fiz mais o que eu queria fazer, compliquei menos, talvez tenha até trabalhado mais, mas estressei menos e consequentemente me importei menos com problemas pequenos, virei noites e por várias vezes vi o sol nascer enquanto tentava escrever poesias – pra dizer coisas com ou sem sentido. E, foi quando estava exatamente escrevendo essa linha, sem saber o que escreveria na próxima – se é que teria próxima linha, talvez terminasse desejando apenas um feliz 2009 – que a campainha tocou! Quando atendi a porta fui abordado pelas palavras de um velho andarilho que há muito tempo – vez ou outra – toca a campainha aqui de casa, a quem apelidamos de “velho do leite” (eu explico: sempre que ele aparece, damos a ele um litro de leite; mesmo que leve outra coisa, o velho andarilho não dispensa o leite); antes que eu dissesse pra ele aguardar que ia até a cozinha pra buscar o leite ele disse: “você pode apertar a mão de um velho e pobre andarilho que hoje veio desejar-lhe que o ano de 2009 seja o melhor de sua vida até que chegue o próximo ano”. O forte aperto de mãos seguiu-se de alguns minutos de conversa até que pela última vez neste ano nos despedíssemos e o velho andarilho voltasse a caminhar até encontrar qualquer curva, de qualquer destino, que desfaça o curso de qualquer certeza que possamos ter no velho ano novo. Certezas talvez não tenhamos, mas somos livres para desejar, para conjugar os verbos nos tempos que quisermos, para encenar as cenas de nosso teatro mágico de cada dia e para escrever e viver poesias desprovidas de preconceitos e pecados. E, se conjugarmos, encenarmos e escrevermos com amor e desejo, certamente teremos dias melhores pra sempre. Eu? Eu desejo mais amor e mais paixão, mais flores, menos comprimidos e menos depressão, desejo paz, paz de espírito, mais pão de queijo com café, desejo receber mais amigos na cozinha da minha humilde casa, mais conversa fiada, mais uma dose, desejo saudade recheada de boas lembranças e porres recheados de nostalgia das besteiras que fiz ontem, mais noites em claro, mais silêncio, mais música (de qualidade), desejo mais cultura, mais livros pra ler, mais política-social e menos miséria, menos catástrofes, mais justiça, enfim, desejo que cada ano seja um passo para a evolução dos seres humanos.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
mais um porre...
Pecados a despertar
Um amor que
Afinal não há
Sentimentos a brotar
Beijos a sufocar
O vinho da cor do sangue
O sangue da cor do álcool
O álcool da cor da pele
A pele a me encapar
O rumo que vou tomar
O vinho que vou tomar
E o cigarro que vou fumar
Caminho com pés impuros
Comprimidos a me dopar
Delírios a me espancar
E o amor?
O amor!?
Não sei.
Eu sei do porre que vou tomar...
Um amor que
Afinal não há
Sentimentos a brotar
Beijos a sufocar
O vinho da cor do sangue
O sangue da cor do álcool
O álcool da cor da pele
A pele a me encapar
O rumo que vou tomar
O vinho que vou tomar
E o cigarro que vou fumar
Caminho com pés impuros
Comprimidos a me dopar
Delírios a me espancar
E o amor?
O amor!?
Não sei.
Eu sei do porre que vou tomar...
Eu? Estou a ler Clarice...

Um vislumbre do fim.
“Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto...”
(Textos extraídos do livro Aprendendo a viver, Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2004.)
Ler Clarice é viver em permanente estado de paixão.
Ler Clarice é uma oportunidade de mudar o seu olhar diante do universo. É estar disponível para se aventurar no seu interior de forma irracional, sem censuras. Deixar-se levar pela imaginação, pela intuição e usá-las como forma de conhecimento.
Ler Clarice é estar disposto a aceitar o não entendimento de determinados processos da vida. Clarice dizia: “Suponho que entender não seja uma questão de inteligência, mas uma questão de sentir, de entrar em contato.”
Viver essa experiência de ser leitor de Clarice é uma aventura no que ela tem de imprevisível, surpreendente, perigoso, ao mesmo tempo é um presente porque quando se está lendo Clarice você se sente especial dentro deste universo criado por ela. Especial porque você consegue se reconhecer como um ser humano cheio de limitações, sujeito às adversidades da vida, ao fracasso, às crises, mas também capaz de trilhar um caminho repleto de descobertas, de sustos, de grandes alegrias, de momentos de êxtase, vertigens, delírios.
Ler Clarice é a possibilidade de viver intensamente o que se é.
(Trechos do artigo “Ler Clarice é...”, sobre a experiência de ser leitor de Clarice Lispector, assinado pela pesquisadora e biógrafa da autora, Teresa Monteiro).
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Aproxime-se...

Sentado na calçada em uma noite estrelada em meio a pedaços descascados deixo aparecer o reboco dos meus sentimentos. Sentimentos pálidos de uma carência escrita em folhas grampeadas de uma história que eu quis escrever.
Sentado em minha cama em uma noite chuvosa em meio a pinturas imaginárias escrevo paixões que eu quis viver.
Sentado em um banco de praça chorei e, minhas lágrimas se misturaram à chuva - lágrimas de anjos e arcanjos - com os quais eu quis conviver.
Sentado em um canto qualquer eu estou me acompanhando há um tempo. Desde a hora que acordo até a hora que durmo. As pessoas me vêem esporadicamente, pudera alguém chegar bem perto...
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
encontro com velhos amigos
um telefonema
um lugar
algumas doses
mulheres
rock and roll
um strip-tease
lembranças
uma boa noite
de se viver
um lugar
algumas doses
mulheres
rock and roll
um strip-tease
lembranças
uma boa noite
de se viver
aos meus amigos virtuais
“É... meu computador
Apagou minha memória
Meus textos da madrugada
Tudo o que eu já salvei
E o tanto que eu vou salvar
Das conversas sem pressa
Das mais bonitas mentiras
Hoje eu não vivo só...”
Eu vivo a fazer amigos. Tenho amigos de toda espécie e pra todos os gostos. Amigos velhos, novos, bonitos, feios, gordos, magros, brancos, pretos, homens, mulheres, gays, prostitutas, padres, freiras, estudantes, analfabetos, loucos, alcoólatras, viciados, até amigos virtuais eu tenho! E são esses últimos que me “preocupam” – os virtuais. Preocupo-me com a contra mão da hipótese de conhecê-los, isto é, com a hipótese de não conhecê-los. A evolução tecnológica as vezes me assusta. O fax até hoje me impressiona! Antigamente pombo correio, hoje correio eletrônico e amanhã? Amanhã eu quero encontra-me com a pessoa que está sentada do outro lado (do mundo) a conversar comigo, isso é, se der tempo, por isso me preocupo, porque estamos alienados ao Sr. Dia com 24 horas. Se eu contar para você – que lê este texto agora – que dentre vários amigos virtuais, tenho uma amiga que mora na mesma cidade que eu e há três anos conversamos diariamente e até hoje não nos conhecemos pessoalmente, você acredita? E o pior, descobri que ela trabalha no mesmo prédio em que funciona meu escritório, poucos andares acima da sala de onde estou a escrever este texto, e como se não bastasse, escrevo este texto ao mesmo tempo em que converso com ela no Sr. Messenger, vulgo, MSN. Eu sinceramente fico “passado” com tamanha alienação à internet, na qual me vejo nesse exato momento. Porque não sair da minha sala, tomar o elevador, subir poucos andares e dizer um “oi” pessoalmente!? Confesso que não encontro resposta plausível. Não que seja ruim conversar com meus amigos pela internet, pelo contrário, adoro internet; sou fã do Google, do MSN, do Orkut, enfim. Mas não podemos nos privar da convivência pessoal, de olhar nos olhos e não na webcam. Os históricos da memória do meu computador podem ser apagados – um vírus quem sabe (?) mas as histórias que vivi e viverei com meus amigos, essas farão parte de meus memoráveis anos de vida...
Apagou minha memória
Meus textos da madrugada
Tudo o que eu já salvei
E o tanto que eu vou salvar
Das conversas sem pressa
Das mais bonitas mentiras
Hoje eu não vivo só...”
Eu vivo a fazer amigos. Tenho amigos de toda espécie e pra todos os gostos. Amigos velhos, novos, bonitos, feios, gordos, magros, brancos, pretos, homens, mulheres, gays, prostitutas, padres, freiras, estudantes, analfabetos, loucos, alcoólatras, viciados, até amigos virtuais eu tenho! E são esses últimos que me “preocupam” – os virtuais. Preocupo-me com a contra mão da hipótese de conhecê-los, isto é, com a hipótese de não conhecê-los. A evolução tecnológica as vezes me assusta. O fax até hoje me impressiona! Antigamente pombo correio, hoje correio eletrônico e amanhã? Amanhã eu quero encontra-me com a pessoa que está sentada do outro lado (do mundo) a conversar comigo, isso é, se der tempo, por isso me preocupo, porque estamos alienados ao Sr. Dia com 24 horas. Se eu contar para você – que lê este texto agora – que dentre vários amigos virtuais, tenho uma amiga que mora na mesma cidade que eu e há três anos conversamos diariamente e até hoje não nos conhecemos pessoalmente, você acredita? E o pior, descobri que ela trabalha no mesmo prédio em que funciona meu escritório, poucos andares acima da sala de onde estou a escrever este texto, e como se não bastasse, escrevo este texto ao mesmo tempo em que converso com ela no Sr. Messenger, vulgo, MSN. Eu sinceramente fico “passado” com tamanha alienação à internet, na qual me vejo nesse exato momento. Porque não sair da minha sala, tomar o elevador, subir poucos andares e dizer um “oi” pessoalmente!? Confesso que não encontro resposta plausível. Não que seja ruim conversar com meus amigos pela internet, pelo contrário, adoro internet; sou fã do Google, do MSN, do Orkut, enfim. Mas não podemos nos privar da convivência pessoal, de olhar nos olhos e não na webcam. Os históricos da memória do meu computador podem ser apagados – um vírus quem sabe (?) mas as histórias que vivi e viverei com meus amigos, essas farão parte de meus memoráveis anos de vida...
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
enfim, escrevo...
Todos os dias tento escrever, pois, fazer poemas é tentar escrever, não é ainda escrever. Fazer poemas é apenas arrancar a própria pele, se despir e mostrar-se em carne viva. É transbordar-se em palavras. Palavras – pra dizer coisas com ou sem sentido – formadas por trocas de letras para encontrar sílabas. Palavras formadas por dedos que estavam, até então, perdidos sobre o teclado. Escrever poemas é respirar palavras cruas, nuas. Escrever é libertar-se. Escrevo para alegrar-me, para chorar e amar. Minha noite escrevo durante o dia e meu dia escrevo durante a noite. Escrevo tudo e escrevo nada! Escrevo certo e escrevo errado! Escrevo sem saber por que escrevo, para que escrevo e para quem escrevo. Simplesmente escrevo! E mesmo quando não consigo escrever nada, transformo o nada em teimosia e escrevo. A maioria das coisas que escrevo são impublicáveis, isso é fato, mas escrevo por serem fatos, por se tornarem atos. Escrevo para registrar, para guardar, para desabafar, enfim, escrevo...
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
a cidade onde moro...
Não tenho um amigo
Às vezes sinto que
Meu único amigo
É a cidade onde moro
A cidade dos anjos
Solitário como estou
Juntos nós choramos
Eu dirijo por suas ruas pois
Ela é a minha companheira
Ando por seus montes pois
Ela me conhece
Ela observa meus bons atos
E me beija cheia de ardor
Nunca me preocupo
Isto é mentira
Não quero me sentir
Como me senti aquele dia
Me leve ao lugar que amo
Me leve direto pra lá
É difícil acreditar
Que lá não exista ninguém
É difícil de acreditar
Que estou tão só
Pelo menos tenho o amor
Da cidade que me ama
Solitário como estou
Juntos nós choramos
Não quero me sentir
Como me senti aquele dia
Me leve ao lugar que amo
Me leve direto pra lá
Debaixo da ponte da cidade
É onde desenhei com sangue
Debaixo da ponte da cidade
Não consegui muita coisa
Debaixo da ponte da cidade
Esqueci o meu amor
Debaixo da ponte da cidade
Minha vida se desfez
* Tradução da música Under The Bridge - Red Hot Chili Peppers.
* Foto da minha cidade, Pará de Minas/MG.
satisfação momentânea!
Anjos e Arcanjos em busca de um Édem infernal.
Veêm trazendo boas novas, veêm em busca de carnaval.
Acordo. Tropeço até a sala. Estão todos acordados.
Finjo que não estou tonto. Volto para o quarto.
Olho para o espelho que ri da minha ressaca.
Posso ver minha história nas olheiras no rosto do meu reflexo.
Quem sabe o tempo seja isso, a medida da profundidade de nossas olheiras.
Bem sei que há um desencontro leve entre as coisas, elas quase se chocam.
Há desencontros entre os seres que se perdem uns dos outros.
Entre palavras que quase não dizem mais nada.
Horizontes de lírios repousam sob a sagacidade de homens fadados ao óbito.
Ocupo as mãos com copos empoeirados, que se enchem e esvaziam-se de embriagues, por não ter a quem dar as mãos...
Veêm trazendo boas novas, veêm em busca de carnaval.
Acordo. Tropeço até a sala. Estão todos acordados.
Finjo que não estou tonto. Volto para o quarto.
Olho para o espelho que ri da minha ressaca.
Posso ver minha história nas olheiras no rosto do meu reflexo.
Quem sabe o tempo seja isso, a medida da profundidade de nossas olheiras.
Bem sei que há um desencontro leve entre as coisas, elas quase se chocam.
Há desencontros entre os seres que se perdem uns dos outros.
Entre palavras que quase não dizem mais nada.
Horizontes de lírios repousam sob a sagacidade de homens fadados ao óbito.
Ocupo as mãos com copos empoeirados, que se enchem e esvaziam-se de embriagues, por não ter a quem dar as mãos...
sábado, 13 de dezembro de 2008
protagonista de si mesmo...
Em um filme autobiográfico ele vive a história de um sobrevivente no tempo. O amor é sentimento protagonista de si mesmo, pois nenhuma outra disposição afetiva teria a capacidade para interpretar seu papel à altura. Interpretar o amor, eis a questão! Como interpretar um querer você, por vários motivos que não fazem sentido nem para mim? Às vezes me pergunto se já amei (?), mas a resposta é sempre outra pergunta: o que é o amor? Cazuza dizia que “o amor é o ridículo da vida e, que a gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo, indo embora, como borboletas que só vivem 24 horas...”. Dos amores humanos, o menos egoísta, o mais puro e desinteressado é o amor da amizade. Esse sim eu tenho experimentado diariamente! Vivo fazendo amigos, fato! E, meus amigos são todos assim, metade loucura, metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila; tem que ter o brilho questionador e tonalidade inquietante. Preciso deles pra saber quem eu sou, pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca esquecerei que a normalidade é uma ilusão. E quem sabe o amor também não passe de uma ilusão (?) Mas não é desse amor que estou falando, não do amor da amizade, mas sim daquele que apesar de um pouco mais egoísta, bem menos puro e às vezes interessado, tem me inquietado. Não que eu esteja inquieto por estar amando, pelo contrário; é sim por não saber se já amei, se estou amando, se vou amar e até mesmo se o amor existe! O que acontece é que sou talvez a visão que alguém sonhou, alguém que veio ao mundo para me ver e que nunca na vida me encontrou. E se não me encontrou, não pôde me amar... Mas e a visão dos sonhos que sonhei? Eu também sou alguém que veio ao mundo pra ver um outro alguém – com o perdão da redundância – e que até agora não encontrei, ou será que encontrei (?) Então é isso! O amor é sentimento protagonista de si mesmo, mas ele encarna em personagens – Eu & Você – nos fazendo de protagonistas-vítimas vivenciando um show de marionetes num teatro sádico, todos encenando papéis com traições à beça, cada qual intérprete de sua própria história, de sua história de amor...quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
a te escrever...
Que estou fazendo a te escrever?Você lê as linhas, mas não as entrelinhas.
Não, não, não são todos que sabem ler!
Palavras querem dar as mãos.
Querem diálogo entre o "eu" e o "eu-mesmo".
Será que como Clarice Lispector descubro eu agora que também não faço a menor falta, e até o que escrevo um outro escreveria?
Será que como Drummond acredito que escrever seja não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.
E de que maneira vejo as coisas?
De que maneira você vê as coisas?
Minhas palavras, símbolos carentes de imagem.
Minha imagem, símbolo vivo de perturbação, “de um cara estranho que chegou e que parece não achar lugar no corpo em que Deus lhe encarnou”.
Escrevo para encontrar amores, para chorar rancores, para transar pudores.
Escrevo sem saber o porquê da necessidade que sinto de criar o porquê de se escrever.
Afinal, que estou fazendo a te escrever?
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Nós nunca mais sós...
Eu que nunca fui santo nem nada
Sutilmente mentiroso
Entre beijos gozosos
A desperdiçar amores gloriosos
Eu me encontro
Sentado sob marquises
Sob olhares desatentos
Com histórias pra contar
E amigos pra chorar
Eu me encontro
Sobre os bancos das praças
Com poesias e pecados a declamar
Junto aos degredados filhos de Eva
Eu me encontro
Eterno fugitivo de um desencontro
Na contra mão da hipótese
Com mais perguntas que respostas
Eu me encontro
Sutilmente mentiroso
Entre beijos gozosos
A desperdiçar amores gloriosos
Eu me encontro
Sentado sob marquises
Sob olhares desatentos
Com histórias pra contar
E amigos pra chorar
Eu me encontro
Sobre os bancos das praças
Com poesias e pecados a declamar
Junto aos degredados filhos de Eva
Eu me encontro
Eterno fugitivo de um desencontro
Na contra mão da hipótese
Com mais perguntas que respostas
Eu me encontro
domingo, 7 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
imagens carentes de amor...
pra falar a verdade tenho poucas
lembranças da noite de ontem...
mudei-me a poucos dias para a cidade
me sentia sozinho e deprimido
resolvi sair para beber um pouco
quem sabe conhecer alguém
lembro que estava num bar
a rascunhar em um guardanapo
uma poesia que me fizesse acordar
acordei atrasado
assustado ao ver que
eu tinha companhia
uma mulher nua dormia
profundamente ao meu lado
o espelho no teto ria da minha ressaca
as roupas espalhadas pelo quarto
cigarros e uma garrafa de champagne
lembranças da noite de ontem...
mudei-me a poucos dias para a cidade
me sentia sozinho e deprimido
resolvi sair para beber um pouco
quem sabe conhecer alguém
lembro que estava num bar
a rascunhar em um guardanapo
uma poesia que me fizesse acordar
acordei atrasado
assustado ao ver que
eu tinha companhia
uma mulher nua dormia
profundamente ao meu lado
o espelho no teto ria da minha ressaca
as roupas espalhadas pelo quarto
cigarros e uma garrafa de champagne
denunciavam a orgia da noite
escrita pela poesia que já no bar
eu sentia
a mulher?
era bonita!
uma jovem com seus vinte e poucos anos
pele clara, cabelos cacheados, boca carnuda
pernas torneadas e seios firmes
seu nome?
não me lembro!
se fizemos amor?
não, foi só sexo mesmo.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
querer eu quero!
eu não me sinto bem aqui!
não gosto da rotina
que impregna na minha retina
desde a hora que acordo
não quero ter casa numerada
não quero qualificar-me como mais um
brasileiro, casado sob o regime de comunhão universal de bens, empresário
residente e domiciliado na rua tal
neste ato representado por Fulano de Tal
e se for pra sofrer com o tédio, prefiro me tornar ébrio
quero ser brasileiro e estrangeiro
preto, branco e mestiço
quero o combate
a pobreza ao invés de riqueza
quero ser eu, tu, ele, nós, vós eles
quero cantar e desafinar
dançar, amar, transar e gozar
quero a inquietude de uma juventude
quero declamar, parar, respirar
e ao final da vida
quero me encontrar
não gosto da rotina
que impregna na minha retina
desde a hora que acordo
não quero ter casa numerada
não quero qualificar-me como mais um
brasileiro, casado sob o regime de comunhão universal de bens, empresário
residente e domiciliado na rua tal
neste ato representado por Fulano de Tal
e se for pra sofrer com o tédio, prefiro me tornar ébrio
quero ser brasileiro e estrangeiro
preto, branco e mestiço
quero o combate
a pobreza ao invés de riqueza
quero ser eu, tu, ele, nós, vós eles
quero cantar e desafinar
dançar, amar, transar e gozar
quero a inquietude de uma juventude
quero declamar, parar, respirar
e ao final da vida
quero me encontrar
contrabandista de sentimento barato
apóstolo despido de santidade e sanidade
não consigo me fazer compreendido
um poeta confundido com vagabundo, bicha, bandido
transo com flores, amo os frutos
mas minhas mulheres veneram produtos
namorei com a lua que me traiu com meu amigo eclípse
mudaram os quadros de lugar
e muito embora eu não saiba o meu
espero te encontrar
apóstolo despido de santidade e sanidade
não consigo me fazer compreendido
um poeta confundido com vagabundo, bicha, bandido
transo com flores, amo os frutos
mas minhas mulheres veneram produtos
namorei com a lua que me traiu com meu amigo eclípse
mudaram os quadros de lugar
e muito embora eu não saiba o meu
espero te encontrar
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Fome Zero? um zero a esquerda!
_Ei tio me da um trocado? To com fome!
_Garçom dê a esse menino o que ele quiser comer.
O garçom olhou ressabiado para o pivete maltrapilho e mal cheiroso, com ar de desprezo e desconfiança.
_Ei garçom, vou pagar a refeição do garoto, será que não entendeu?!
_Sim Dr., me desculpe! Então garoto, o que vai querer comer?
_Uma quentinha ta bom moço.
_Uma quentinha? Você quer dizer uma refeição completa ou um prato feito, certo?!
O garoto cabisbaixo olhou pra mim sem saber o que responder.
_Faça assim garçom, acomode-o em uma mesa e sirva a ele de toda variedade que este restaurante ofereça.
_Mas Dr. o garoto não vai conseguir comer nem ¼ do que consta em nosso cardápio.
_A intenção é que ele ao menos um dia na vida tenha a mesa farta rapaz!
O garoto sentou-se em uma mesa no canto do restaurante e ficou olhando ora para o teto, ora para os arredores, admirado com a beleza do lugar e anestesiado pelo cheiro das saborosas comidas que provavelmente ele nunca havia comido. O garçom voltou acompanhado por mais três outros garçons e sobre a mesa colocaram várias travessas com os mais diversos tipos de comida. O garoto olhava para um lado e para o outro a minha procura e quando nossos olhares se cruzaram, ele com ar de espanto arregalou os olhos como quem perguntava: posso comer tudo? Um sorriso meu foi como um sinal de largada para que o garoto começasse a “devorar” sua refeição, que certamente seria a única do dia e provavelmente a última de um bom tempo. Fiquei ali a observar o garoto se deliciar e a estampar um sorriso sincero de satisfação no maltratado rosto. Quando ele terminou, levantou-se da cadeira e veio ao meu encontro.
_A comida estava gostosa garoto?
Ele apenas fez um sinal de positivo com a cabeça e em seguida disse:
_Tio, paga uma coca pra mim rotar?!
O garçom trouxe a coca-cola para o garoto, ele bebeu, agradeceu (_brigado tio!) e foi-se. Provavelmente arrotou assim que saiu do restaurante. Depois que ele se foi eu bebi duas cocas para tentar arrotar, colocar para fora a angústia que sentia quando pensava que aquele garoto me abordou porque SENTIA FOME!
_Garçom dê a esse menino o que ele quiser comer.
O garçom olhou ressabiado para o pivete maltrapilho e mal cheiroso, com ar de desprezo e desconfiança.
_Ei garçom, vou pagar a refeição do garoto, será que não entendeu?!
_Sim Dr., me desculpe! Então garoto, o que vai querer comer?
_Uma quentinha ta bom moço.
_Uma quentinha? Você quer dizer uma refeição completa ou um prato feito, certo?!
O garoto cabisbaixo olhou pra mim sem saber o que responder.
_Faça assim garçom, acomode-o em uma mesa e sirva a ele de toda variedade que este restaurante ofereça.
_Mas Dr. o garoto não vai conseguir comer nem ¼ do que consta em nosso cardápio.
_A intenção é que ele ao menos um dia na vida tenha a mesa farta rapaz!
O garoto sentou-se em uma mesa no canto do restaurante e ficou olhando ora para o teto, ora para os arredores, admirado com a beleza do lugar e anestesiado pelo cheiro das saborosas comidas que provavelmente ele nunca havia comido. O garçom voltou acompanhado por mais três outros garçons e sobre a mesa colocaram várias travessas com os mais diversos tipos de comida. O garoto olhava para um lado e para o outro a minha procura e quando nossos olhares se cruzaram, ele com ar de espanto arregalou os olhos como quem perguntava: posso comer tudo? Um sorriso meu foi como um sinal de largada para que o garoto começasse a “devorar” sua refeição, que certamente seria a única do dia e provavelmente a última de um bom tempo. Fiquei ali a observar o garoto se deliciar e a estampar um sorriso sincero de satisfação no maltratado rosto. Quando ele terminou, levantou-se da cadeira e veio ao meu encontro.
_A comida estava gostosa garoto?
Ele apenas fez um sinal de positivo com a cabeça e em seguida disse:
_Tio, paga uma coca pra mim rotar?!
O garçom trouxe a coca-cola para o garoto, ele bebeu, agradeceu (_brigado tio!) e foi-se. Provavelmente arrotou assim que saiu do restaurante. Depois que ele se foi eu bebi duas cocas para tentar arrotar, colocar para fora a angústia que sentia quando pensava que aquele garoto me abordou porque SENTIA FOME!
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
preciso de um tempo,
acordei dormi acordei e tornei a dormirpara voltar a acordar
ventilador despertador computador
conta lápis apontador apagador dor
biologia geologia sexologia
seno co-seno tangente
senso com gente tem gente
hora prazo agenda aprenda
soma subtração divisão multiplicação
um pedaço de pão um chão
um amor um tesão uma paixão
papel pedra tesoura vassoura
sol chuva vento lua
eu não te quero eu te quero mal
palhaço boneco de pano fadas
rua esquina avenida
poluição traição prostituição
mão contra mão
capa contra capa
louco puro descontente inocente
as vezes sóbrio habitualmente ébrio
minha mente mente pra toda essa gente
espaço
e s p a ç o
preciso de espaço
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Poema, por Fernando Dias
Poema é noite cheia de armagura.
Poema é a luz que brilha lá no céu.
Poema é ter saudade de alguém,
que a gente quer e que não vem.
Poema é um cantar de um passarinho,
que vive ao perder seu ninho,
é a esperança de o encontrar.
Poema é a solidão da madrugada,
um ébrio triste na calçada,
querendo a Lua namorar.
Poema é um cantar de um passarinho,
que vive ao perder seu ninho,
é a esperança de o encontrar.
Poema é a solidão da madrugada,
um ébrio triste na calçada,
querendo a Lua namorar.
Poema é a luz que brilha lá no céu.
Poema é ter saudade de alguém,
que a gente quer e que não vem.
Poema é um cantar de um passarinho,
que vive ao perder seu ninho,
é a esperança de o encontrar.
Poema é a solidão da madrugada,
um ébrio triste na calçada,
querendo a Lua namorar.
Poema é um cantar de um passarinho,
que vive ao perder seu ninho,
é a esperança de o encontrar.
Poema é a solidão da madrugada,
um ébrio triste na calçada,
querendo a Lua namorar.
seu nome não está nos livros

por sobre o muro eu disse:
_a sua benção vó?!
_Deus te abençoe meu filho!
uma manhã comum, se não fosse pelo perfume que senti no ar
ela estava a desabrochar
em meio a gotas de orvalho que escorriam-lhe pelo corpo
em uma manhã de sol preguiçoso
da jabuticabeira da vovó os pássaros assistiam
assistiam ao desabrochar de um novo amor
passei o dia a admirar a pureza daquela beleza
e a esperar o momento para poder tocá-la
os dias passaram e eu não tive coragem
ainda não me aproximei para ao menos perguntar seu nome
eu tenho mais de mil perguntas sem respostas
e dentre as mil já me perguntei mais de mil
_a sua benção vó?!
_Deus te abençoe meu filho!
uma manhã comum, se não fosse pelo perfume que senti no ar
ela estava a desabrochar
em meio a gotas de orvalho que escorriam-lhe pelo corpo
em uma manhã de sol preguiçoso
da jabuticabeira da vovó os pássaros assistiam
assistiam ao desabrochar de um novo amor
passei o dia a admirar a pureza daquela beleza
e a esperar o momento para poder tocá-la
os dias passaram e eu não tive coragem
ainda não me aproximei para ao menos perguntar seu nome
eu tenho mais de mil perguntas sem respostas
e dentre as mil já me perguntei mais de mil
será que ela seria capaz de me amar como me segredo estou a amá-la?
assim como ontem e antes de ontem, hoje não consegui dormir
mas resolvi declarar o amor que em sonho vivi
_a sua benção vó?!
assim como ontem e antes de ontem, hoje não consegui dormir
mas resolvi declarar o amor que em sonho vivi
_a sua benção vó?!
_Deus te abençoe meu filho!
uma manhã comum, se não fosse pela tristeza que senti no ar
ela não mais ali está
procurei por entre todos os jardins
encontrei suas pétalas murchas espalhadas por entre os jasmins
eu? alguns dias a protelar
ela? uma vida inteira a esperar
agora, ao invés da suave chuva que molhava suas pétalas
minhas lágrimas as encharcam
uma manhã comum, se não fosse pela tristeza que senti no ar
ela não mais ali está
procurei por entre todos os jardins
encontrei suas pétalas murchas espalhadas por entre os jasmins
eu? alguns dias a protelar
ela? uma vida inteira a esperar
agora, ao invés da suave chuva que molhava suas pétalas
minhas lágrimas as encharcam
e elas estão murchas pelo tempo
tempo que perdi...
amor que perdi...
tempo que perdi...
amor que perdi...
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Eras tu Capitu?
ela estava nua
mas não estava
envergonhada
a alma seminua
cumplice do corpo
fantoches ao som de the doors
em um vil cabaré
pensamentos turvos
regados a wisky
o nada a espera
em uma outra esquina
com sonhos monossilábicos
um círculo vicioso
fazendo do amor
um ato impuro
as unhas vermelhas
rasgam a carne
fingindo prazer
as espécies retribuem
o que eu queria ter
vinte e poucos anos
ela devia ter
vinte e poucos segundos
de prazer
um memorável pecado
sem testemunha
mas não estava
envergonhada
a alma seminua
cumplice do corpo
fantoches ao som de the doors
em um vil cabaré
pensamentos turvos
regados a wisky
o nada a espera
em uma outra esquina
com sonhos monossilábicos
um círculo vicioso
fazendo do amor
um ato impuro
as unhas vermelhas
rasgam a carne
fingindo prazer
as espécies retribuem
o que eu queria ter
vinte e poucos anos
ela devia ter
vinte e poucos segundos
de prazer
um memorável pecado
sem testemunha
sábado, 22 de novembro de 2008
autógrafo de um amigo

“... e com a música posso
...posso no grito do silêncio,
ouvir minhas vozes
... minhas vozes melancoleiam
quando estou feliz
...minhas vozes brincam
quando a dor me alcança
... e me permitem esquecer quem sou
quando me encontro
... quando me encontro,
me encontro embriagado
... nessa modelagem do invisível
chamada “som”
(Ricardo Rodrigues)
Escola de Artes Cica, 21 de novembro de 2008, lançamento do cd “Tons” de Ricardo Rodrigues. Certamente uma noite que a muitos emocionou e sem dúvida somou ao cenário cultural de “Pará de Minas, cidade rainha, vestida de verde, do verde das serras doiradas de sol”.
Emocionado entrei na fila com um cd em mãos para ganhar um autógrafo, mas não era um autógrafo qualquer, tratava-se do autógrafo de um amigo, ou melhor, tratava-se do autógrafo da face humana da música. E mais, da oportunidade de compartilhar com a realização merecida do sonho de um amigo.
“Vitor, muito obrigado cara!!!
Espero que goste do meu jeito de fazer música.
Ricardo Rodrigues”
Durante o lançamento do cd, enquanto a música rolava eu lia os escritos daquele autógrafo e me perguntava: “_Tem como não gostar do jeito que Ricardo faz música?” Confesso que acho impossível! Eu não me lembro dele fazer outra coisa que não fosse música.
Zumira Celestina (bons tempos de rock and roll), Erudito Blues, Grupo Aluá, o Ricardo da Arte Nossa, o compositor Ricardo Rodrigues... Ricardo respira e transpira música. Despojado de ambição e abençoado pela simplicidade de fazer poesia ele modela o invisível som que nos embriaga. Feliz daquele que tem a oportunidade de conhecer e respirar músicas de qualidade como são as de Ricardo Rodrigues.
...posso no grito do silêncio,
ouvir minhas vozes
... minhas vozes melancoleiam
quando estou feliz
...minhas vozes brincam
quando a dor me alcança
... e me permitem esquecer quem sou
quando me encontro
... quando me encontro,
me encontro embriagado
... nessa modelagem do invisível
chamada “som”
(Ricardo Rodrigues)
Escola de Artes Cica, 21 de novembro de 2008, lançamento do cd “Tons” de Ricardo Rodrigues. Certamente uma noite que a muitos emocionou e sem dúvida somou ao cenário cultural de “Pará de Minas, cidade rainha, vestida de verde, do verde das serras doiradas de sol”.
Emocionado entrei na fila com um cd em mãos para ganhar um autógrafo, mas não era um autógrafo qualquer, tratava-se do autógrafo de um amigo, ou melhor, tratava-se do autógrafo da face humana da música. E mais, da oportunidade de compartilhar com a realização merecida do sonho de um amigo.
“Vitor, muito obrigado cara!!!
Espero que goste do meu jeito de fazer música.
Ricardo Rodrigues”
Durante o lançamento do cd, enquanto a música rolava eu lia os escritos daquele autógrafo e me perguntava: “_Tem como não gostar do jeito que Ricardo faz música?” Confesso que acho impossível! Eu não me lembro dele fazer outra coisa que não fosse música.
Zumira Celestina (bons tempos de rock and roll), Erudito Blues, Grupo Aluá, o Ricardo da Arte Nossa, o compositor Ricardo Rodrigues... Ricardo respira e transpira música. Despojado de ambição e abençoado pela simplicidade de fazer poesia ele modela o invisível som que nos embriaga. Feliz daquele que tem a oportunidade de conhecer e respirar músicas de qualidade como são as de Ricardo Rodrigues.
Sucesso sempre amigo!
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
A sua benção poetinha...
bem me quer... mal me quer...
mal me quer
um dia qualquer
um lugar qualquer
uma pessoa qualquer
por um motivo qualquer
mal me quer
bem me quer
em busca de nada...
pelo instinto sádico de sobrevivência
vivo a divina comédia humana
onde nada é eterno
sigo na contra mão
tento encontrar o que escreveram
nas linhas tortas de minha mão
que ligam nada a lugar nenhum
estou a reduzir minhas idéias em palavras
palavras escritas com borra de café e fé
vivo a divina comédia humana
onde nada é eterno
sigo na contra mão
tento encontrar o que escreveram
nas linhas tortas de minha mão
que ligam nada a lugar nenhum
estou a reduzir minhas idéias em palavras
palavras escritas com borra de café e fé
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
saudade míope
com a boca cheia de flores
com a língua recém cortada
a rotina de não encontrá-la
formada em minha retina
confunde-se com dor
com a boca cheia de lama
com a língua fazendo drama
prefiro a rotina de levá-la
comigo pra cama
com a língua recém cortada
a rotina de não encontrá-la
formada em minha retina
confunde-se com dor
com a boca cheia de lama
com a língua fazendo drama
prefiro a rotina de levá-la
comigo pra cama
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
oremos,
conto de fadas
conto de lágrimas
dez para Maria
uma para José
1/3 das lágrimas
ainda vou contar
tomai todos e bebei
um porre do vinho
santo
que te permita
amar e perdoar
1/3 na garrafa restará
lágrimas em memória
de minha alma você contará
para os séculos dos séculos
Amém
conto de lágrimas
dez para Maria
uma para José
1/3 das lágrimas
ainda vou contar
tomai todos e bebei
um porre do vinho
santo
que te permita
amar e perdoar
1/3 na garrafa restará
lágrimas em memória
de minha alma você contará
para os séculos dos séculos
Amém
terça-feira, 18 de novembro de 2008
psiquiatra artificial
nascida no corpo humano
a mente que mente
expande suas verdadeiras verdades
erguida do fluido turvo da paixão e da ignorância
transforma o poder tenebroso da profundidade
no puro álcool que embriaga a consciência
em troca da verdade
pedem minha sanidade
bulas de silêncio
eis a raiz da esquizofrenia
vestida com luvas descartáveis
decifrou as linhas das minhas mãos
me ensinou a não andar com os pés no chão
me ensinou a não calar quando se pensa
massagens em um ego ferido
pensamentos turvos e incompletos
troca do destino pelo desatino
vinho tinto, ervas e papoulas
poema e poesia seminua
deitados sobre o colchão sem cama
cobertos por rosas ao lençol
somos três: eu, minha psiquiatra e minha sombra
embriagados por risadas perecíveis
a mente que mente
expande suas verdadeiras verdades
erguida do fluido turvo da paixão e da ignorância
transforma o poder tenebroso da profundidade
no puro álcool que embriaga a consciência
em troca da verdade
pedem minha sanidade
bulas de silêncio
eis a raiz da esquizofrenia
vestida com luvas descartáveis
decifrou as linhas das minhas mãos
me ensinou a não andar com os pés no chão
me ensinou a não calar quando se pensa
massagens em um ego ferido
pensamentos turvos e incompletos
troca do destino pelo desatino
vinho tinto, ervas e papoulas
poema e poesia seminua
deitados sobre o colchão sem cama
cobertos por rosas ao lençol
somos três: eu, minha psiquiatra e minha sombra
embriagados por risadas perecíveis
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
a (DeS)oRdEm Do(S) FaTo(ReS)
todos já estão acordados
tomam remédio para dormir
uma xícara de chá
e, três torradas
duas pra mim e duas pra ela
assim como 2 + 2 são 5
24 vogais e 5 consoantes
um analfabeto de números minúsculos
os dedos se despregam das mãos
são 5 para cada uma
porém somam um total de 20
vou escovar os dentes antes de acordar
minha idéia é uma bala perdida
um projétil sem projeto
; e ponto e vírgula
tomam remédio para dormir
uma xícara de chá
e, três torradas
duas pra mim e duas pra ela
assim como 2 + 2 são 5
24 vogais e 5 consoantes
um analfabeto de números minúsculos
os dedos se despregam das mãos
são 5 para cada uma
porém somam um total de 20
vou escovar os dentes antes de acordar
minha idéia é uma bala perdida
um projétil sem projeto
; e ponto e vírgula
domingo, 16 de novembro de 2008
Ridicularização da música e da mulher.

“Tipo cinturinha fina
O popô GG gigante
Sou a Mulher Melancia
E rebolo a todo instante”
Dias atrás recebi o e-mail com o título “Ser Músico” que segue abaixo:
Imaginem: 'Festa social, todo mundo com copo de whisky na mão. Dois sujeitos conversam:
Dias atrás recebi o e-mail com o título “Ser Músico” que segue abaixo:
Imaginem: 'Festa social, todo mundo com copo de whisky na mão. Dois sujeitos conversam:
- Olá, tudo bem?
- Sim, e vc, como vai?
- Vou bem. Me disseram que vc é músico?
- Sim.
- Nossa, e que instrumento vc toca?
- Toco ZABUMBA.
- E toca em quais orquestras?
- Na OSESP e na OSUSP.
- Que beleza, hein? Deve ser cansativo, não?
- É o trabalho, né?
- Realmente, admiro vcs músicos, grande profissão essa. Até queria que meu filho fizesse música, mas o garoto não tem jeito, insiste que quer ser médico ou advogado.
- Ah, hoje em dia é assim, a garotada não tem jeito. Mas, e vc, o que faz da vida?Eu sou médico.
- Jura? Mas como assim?
- Trabalho no Hospital das Clínicas.
- Clínicas..., não conheço. E faz o que lá?
- Sou cardiologista.
- Mas vc tem um emprego não tem?
- Então, trabalho no hospital.
- Nas horas vagas?
- Não. Esse é o meu emprego.
- Mas ganha pra isso?
- Ganho sim, dá pra viver.
- E vc não estudou? Não quis saber de faculdade?
- Estudei, fiz faculdade de medicina.
- Ah, é? Não sabia que tinha. Que interessante. Sabe, eu fui médico amador quando era jovem, uma vez fiz até uma operação num rapaz que tinha sido atropelado. Usei uma flanela de carro pra estancar o sangue e uma faca pra abrir a barriga do rapaz e parar a hemorragia. Eu até gostava, mas não levava muito jeito pra coisa. E ai minha mãe até disse: 'Larga disso, garoto, vai estudar música'.
- É..., queria ter tido uma mãe assim."
Ao final do e-mail lia-se: “O engraçado é que o contrário não é ridículo.”
Tenho amigos músicos, músicos que cursaram uma faculdade de música e já presenciei a situação acima acontecer com eles! Um desses meus amigos uma vez me disse que ganhar dinheiro com música é fácil quando não se faz música! Reparem na estrofe daquilo que chamaram “música” transcrita acima, eu me pergunto: isso é música? Não, isso não é música! Isso não passa da ridicularização da música, ridicularização dos verdadeiros arquitetos da música e da ridicularização expressa da imagem feminina. Cantam "sou a mulher melancia", "sou cachorra", dentre outras. Impressiona-me o duelo travado atualmente pelas MULHERES FRUTAS, esses cd’s deveriam ser vendidos em mercadinhos de esquina, afinal, já temos mulher melancia, jaca, melão etc.
Tenho amigos músicos, músicos que cursaram uma faculdade de música e já presenciei a situação acima acontecer com eles! Um desses meus amigos uma vez me disse que ganhar dinheiro com música é fácil quando não se faz música! Reparem na estrofe daquilo que chamaram “música” transcrita acima, eu me pergunto: isso é música? Não, isso não é música! Isso não passa da ridicularização da música, ridicularização dos verdadeiros arquitetos da música e da ridicularização expressa da imagem feminina. Cantam "sou a mulher melancia", "sou cachorra", dentre outras. Impressiona-me o duelo travado atualmente pelas MULHERES FRUTAS, esses cd’s deveriam ser vendidos em mercadinhos de esquina, afinal, já temos mulher melancia, jaca, melão etc.
Industriasexualização!
"No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres do que na cura do Mal de Alzheimer. Daqui a alguns anos, teremos velhas de seios grandes e velhos de pau duro, mas eles não se lembrarão para que servem."
(Dr. Dráuzio Varella)
sábado, 15 de novembro de 2008
É,
Vago na vaga que surgiu em seu quarto.
Intimidades prostradas em cama emprestada.
Nostalgia das besteiras que fizemos ontem.
Melancolias e mercadorias.
Somos atores, impostores cheirando a pó de arroz e talco.
Presos a uma classe e a algumas roupas.
Para cobrar justiça nos cobram terno, camisa e gravata.
Ao capricorniano de 1983 chamaram Vitor.
Com alma inquieta e que sente saudade sabe-se lá de que.
Convivo com singelas pessoas, mendigos, bêbados e loucos aos poucos.
Eu, mesmo mentindo devo admitir.
Estou longe de ser pessimista, estou mais para exorcista.
Intimidades prostradas em cama emprestada.
Nostalgia das besteiras que fizemos ontem.
Melancolias e mercadorias.
Somos atores, impostores cheirando a pó de arroz e talco.
Presos a uma classe e a algumas roupas.
Para cobrar justiça nos cobram terno, camisa e gravata.
Ao capricorniano de 1983 chamaram Vitor.
Com alma inquieta e que sente saudade sabe-se lá de que.
Convivo com singelas pessoas, mendigos, bêbados e loucos aos poucos.
Eu, mesmo mentindo devo admitir.
Estou longe de ser pessimista, estou mais para exorcista.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Sumo do prazer!
Eu não sabia direito quem era ela mas anotei no papel.
O vinho tinto escoria-lhe pelo queixo e suavemente umedecia-lhe os seios.
Em meio a uma tensão sexual inevitável brindávamos Ilustres frenquentadores de bordel.
A gente da o que não tem e recebe o que não são capazes de nos dar.
De mãos dadas, entrelaçando os dedos ela parecia uma atriz em progresso naquele vil cabaré.
Vinho tinto, poemas sobre ópio, sementes de um fruto podre, filhos sem mães.
Vagamos pelo mundo e de vez em quando nos damos as mãos.
Nosso erro é jurar amor de mãos dadas...
Biografias sem fatos e alguns ainda fazem o sinal da cruz.
Sigo na vida como cidadão de terceiro mundo em busca de sexo, amor e vertigem.
Em busca de que? Em busca de uma eterna e incessante busca de nada em lugar nenhum.
Busco o caos exterior e a paz interior. Busco contradições, sou contradição!
Eu quero ser capa mas antes quero experimentar a embriaguês de ser contra capa.
Quem é ela não importa e o importante é que isso não importa.
Os dedos que entre mãos se entrelaçaram perversamente tocam os corpos que nus se fazem uno e santo.
As almas se afastam e se acomodam em um canto qualquer, afinal todo pecado merece perdão.
Da fruta tiro a polpa da puta tiro a roupa.
Um cigarro e vários drinques.
O orgasmo é o sumo do prazer.
O vinho tinto escoria-lhe pelo queixo e suavemente umedecia-lhe os seios.
Em meio a uma tensão sexual inevitável brindávamos Ilustres frenquentadores de bordel.
A gente da o que não tem e recebe o que não são capazes de nos dar.
De mãos dadas, entrelaçando os dedos ela parecia uma atriz em progresso naquele vil cabaré.
Vinho tinto, poemas sobre ópio, sementes de um fruto podre, filhos sem mães.
Vagamos pelo mundo e de vez em quando nos damos as mãos.
Nosso erro é jurar amor de mãos dadas...
Biografias sem fatos e alguns ainda fazem o sinal da cruz.
Sigo na vida como cidadão de terceiro mundo em busca de sexo, amor e vertigem.
Em busca de que? Em busca de uma eterna e incessante busca de nada em lugar nenhum.
Busco o caos exterior e a paz interior. Busco contradições, sou contradição!
Eu quero ser capa mas antes quero experimentar a embriaguês de ser contra capa.
Quem é ela não importa e o importante é que isso não importa.
Os dedos que entre mãos se entrelaçaram perversamente tocam os corpos que nus se fazem uno e santo.
As almas se afastam e se acomodam em um canto qualquer, afinal todo pecado merece perdão.
Da fruta tiro a polpa da puta tiro a roupa.
Um cigarro e vários drinques.
O orgasmo é o sumo do prazer.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Cine Café

Você sabia que o Prédio da Estação Ferroviária/Cine Café é um bem cultural tombado pelo município de Pará de Minas/MG? Particularmente confesso que eu não sabia disso e, só tomei conhecimento depois da triste notícia de que o Cine Café fechou as portas.
Quando recebi a notícia fui procurar saber o que nossa Secretaria de Cultura Municipal anda fazendo e descobri que o prédio que fica praticamente em frente ao Cine Café, onde funciona nossa Biblioteca Pública, um imóvel em estilo neoclássico que foi construído na década de 1920, por Torquato Alves de Almeida, para ser o Grande Hotel, e que, depois de breve funcionamento serviu a diversos usos até se transformar em 1993 na Casa da Cultura de Pará de Minas, abrigará o Teatro Municipal, com capacidade para 180 lugares.
A construção do Teatro Municipal me remeteu novamente ao Cine Café onde funcionava uma escola de teatro, provavelmente poucas pessoas saibam disso! Nessa escola poderíamos formar os melhores personagens que nos compõem e as peças que encenamos e aquelas que nos encerram em nosso roteiro imaginário, a nossa maneira improvisada de viver a vida.
O Cine me traz boas lembranças... lembranças de amizades que ali foram feitas durante os “showzinhos” que rolavam, amizades que se fortaleceram e duram até os dias de hoje.
Eu mesmo por diversas vezes vi o mundo inteiro acordar enquanto a gente ia dormir embriagados pelas doses e pelo rock and roll que habitualmente era feito por amigos de escola, por bandas de garagem e até por bandas profissionais em um palco de poucos metros quadrados, mas que era suficientemente grande para quem ali se expressava.
Se eu me sinto triste com as portas fechadas do Cine Café, imagino como devem estar se sentido Rita e Ivana, esta, funcionária que se dizia suspeita para falar do Cine e aquela, a empresária que “comandou” o Cine Café e que foi além de empresária, uma guerreira que lutou até o último momento para que o Cine não morresse. Morte provocada pela falta de incentivo cultural por parte dos governantes municipais, que sequer satisfação deram aos apelos lançados em prol do Cine Café.
Perdemos um espaço cultural que em breve se transformará em ruínas, um espaço para exposições de arte e cultura como um todo (pintura, literatura, musica, enfim...) e mais, perdemos a oportunidade de assistir a um bom filme, porque além do espaço cultural ali funcionava o único cinema com que a cidade contava.
De longe a situação cultural é a mais delicada: estamos entre o ruim e o pior ainda.
Aliás, a maioria ignora solenemente a existência ou necessidade de uma política cultural. Pior para todos!
Se eu me sinto triste com as portas fechadas do Cine Café, imagino como devem estar se sentido Rita e Ivana, esta, funcionária que se dizia suspeita para falar do Cine e aquela, a empresária que “comandou” o Cine Café e que foi além de empresária, uma guerreira que lutou até o último momento para que o Cine não morresse. Morte provocada pela falta de incentivo cultural por parte dos governantes municipais, que sequer satisfação deram aos apelos lançados em prol do Cine Café.
Perdemos um espaço cultural que em breve se transformará em ruínas, um espaço para exposições de arte e cultura como um todo (pintura, literatura, musica, enfim...) e mais, perdemos a oportunidade de assistir a um bom filme, porque além do espaço cultural ali funcionava o único cinema com que a cidade contava.
De longe a situação cultural é a mais delicada: estamos entre o ruim e o pior ainda.
Aliás, a maioria ignora solenemente a existência ou necessidade de uma política cultural. Pior para todos!
Aurora
A Aurora se outrora soubesses a hora
Teria eu me embriagado e por hora te amado
A Aurora se outrora soubesses que irias embora
Teria eu aproveitado intensamente as poucas horas
A Aurora se soubesse a falta que faz
Voltaria e não mais permitiria que eu sofresse
Como outrora sofro por ti Aurora
O mundo da voltas Aurora e eu embriagado
Pelo álcool que outrora me faz esquecer-te
Volto àquela hora em lembranças vomitadas Aurora
Teria eu me embriagado e por hora te amado
A Aurora se outrora soubesses que irias embora
Teria eu aproveitado intensamente as poucas horas
A Aurora se soubesse a falta que faz
Voltaria e não mais permitiria que eu sofresse
Como outrora sofro por ti Aurora
O mundo da voltas Aurora e eu embriagado
Pelo álcool que outrora me faz esquecer-te
Volto àquela hora em lembranças vomitadas Aurora
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Futuro
"Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima do muro
(...)
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não"
(Tempos Modernos, composição de Lulu Santos)
EU também vejo um futuro melhor, talvez não o veja a olho nu, mas com microscópio de esperança e de otimismo vejo um futuro do presente mais que perfeito. Ora, todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser, no tempo que quiser, conjuguemos então o verbo "ver" em um tempo que chamaremos de "futuro do presente mais que perfeito". Um tempo real (ao invés de verbal) em que veremos o presente se transformar em um futuro perfeito, em que veremos a transformação da presente procura pela cura do câncer e da AIDS em uma descoberta futura (e breve!). Um tempo em que veremos a falta de cultura se transformar na existência de uma política cultural. Um tempo em que a fome do povo não fique apenas em programas governamentais, mas sim, em um futuro breve a fome seja realmente zero, não é mesmo Presidente?! Quem dera o compositor dessa estrofe musical fosse LulA ao invés de LulU!
EU vejo sim um novo começo de era... Na minha cidade, por exemplo, nessa última eleição o Prefeito foi reeleito, mas a Câmara Municipal se renovou. Talvez de nada valha as modificações, isto é, os novos Vereadores eleitos, mas... é um novo começo! Talvez não seja de gente fina, elegante e sincera, mas já é um novo começo! Tomara que tenham habilidades pra dizer mais sim do que não. Mais sim ao combate a corrupção e a violência, mais sim a projetos de leis que tragam benefícios aos seus eleitores. Que tenham habilidade de dizer SIM ao incentivo a cultura, a educação e ao lazer!
Que tenhamos o dom de sempre enxergar um futuro do presente mais que perfeito e que tenhamos a fineza, a elegância e a sinceridade de lutar por esse futuro breve e melhor...
Assinar:
Comentários (Atom)



