terça-feira, 18 de novembro de 2008

psiquiatra artificial

nascida no corpo humano
a mente que mente
expande suas verdadeiras verdades
erguida do fluido turvo da paixão e da ignorância
transforma o poder tenebroso da profundidade
no puro álcool que embriaga a consciência
em troca da verdade
pedem minha sanidade
bulas de silêncio
eis a raiz da esquizofrenia
vestida com luvas descartáveis
decifrou as linhas das minhas mãos
me ensinou a não andar com os pés no chão
me ensinou a não calar quando se pensa
massagens em um ego ferido
pensamentos turvos e incompletos
troca do destino pelo desatino
vinho tinto, ervas e papoulas
poema e poesia seminua
deitados sobre o colchão sem cama
cobertos por rosas ao lençol
somos três: eu, minha psiquiatra e minha sombra
embriagados por risadas perecíveis

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