sexta-feira, 12 de novembro de 2010


não andávamos de mãos dadas
mas vivíamos em meio a carícias
as graças de um amor proibido
com um segredo raro entre as pernas
ela escrevia poemas pra mim
até que um dia
se sentindo sozinha
e com a alma machucada
de forma estúpida e assassina
com sua adorável delicadeza
ela pôs tudo a perder
deu fim a minha boemia
deu à minha mulher seus amantes
e a meus filhos seus cogumelos
hoje cambaleando pelas ruas
com um vestido rasgado
maior que seu próprio tamanho
ela vive amaldiçoada
por não mais acreditar no amor

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