
olhos semi serrados como os de um sentinela fúnebre
uma pálida criatura que cultiva olheiras
meu corpo estéril já não alimenta mais as orgias emocionais
e hoje pouco importa as mentiras que contei
já não posso manter meus olhos abertos
vivo morto em uma cidade desconhecida
cheirando a pó de arroz e talco
acreditem mais na poesia enquanto há tempo
já não posso manter meus olhos abertos
um morto vivo em uma cidade desconhecida
em busca de arroz, feijão, poesia e palco

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