ele zombava de sua própria morte
com uma garrafa empoeirada de um vinho barato
ao som do blues declamava
uma improvável e intocável poesia
diante da imortalidade de sua alma
falava sobre si
sobre seu sexo e seus distúrbios psicológicos
sobre seus passos que não eram passos
eram surtos aprisionados num corpo mortal
que lhe fazia ver somente o que não fosse crime
agora livre, sacudiu o pó da alma
favorável a tudo que lhe condene
clamava pela loucura de sentimentos voláteis
um espírito embriagado de poesias plurais
a desprezar os pobres corpos mortais...
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário